Você Pode Ser Excelente… e Mesmo Assim Não Estar Agradando a Deus


 Você pode ser referência em tudo o que faz. Pode pregar com clareza, liderar com sabedoria, produzir conteúdos relevantes, organizar cultos com excelência, manter o feed atualizado, envolver pessoas, captar atenção, alcançar números. Pode ter domínio técnico, presença digital, influência e resultados. E ainda assim… não agradar a Deus.

Essa afirmação parece pesada. Mas ela é bíblica. E profundamente necessária, principalmente para quem lidera.

A Palavra nos confronta com amor e verdade. Paulo escreve aos coríntios:

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.”
(1 Coríntios 13:1)

A falta de amor não anula a capacidade. Mas anula o valor eterno daquilo que fazemos.


Quando a motivação certa se perde no meio da entrega

Quem serve sabe como a rotina pode engolir a intenção. O pastor que ora por direção de Deus para o culto de domingo pode não orar antes de escrever uma legenda. O líder que cuida de pessoas com dedicação pode se ver criando conteúdos para manter uma frequência — e não mais por sensibilidade espiritual. Aos poucos, o “preciso entregar” toma o lugar do “quero adorar”.

E isso é silencioso. Porque, aos olhos das pessoas, continua tudo funcionando. Só o céu percebe quando a essência foi trocada pela estrutura.


A beleza do visível não substitui o peso do invisível

Vivemos na era das aparências digitais. Os cortes da pregação chegam com trilha emocional, takes bem posicionados, palavras marcantes. E isso é ótimo — se a raiz for verdadeira. Mas quando a produção se torna um fim em si mesma, e não uma ponte para o Reino, entramos num terreno perigoso: servimos com excelência, mas sem essência.

O céu não se move por estética. O céu se move por rendição.


A tentação de ser eficaz sem ser íntegro

Há um tipo de eficácia ministerial que impressiona as pessoas, mas entristece o Espírito. É quando tudo está certo do lado de fora — mas vazio por dentro. É quando o pastor é eloquente no púlpito, mas superficial no secreto. Quando a entrega é impecável, mas a motivação é vaidade, rotina ou comparação.

A lógica do Reino é o oposto da lógica do algoritmo. O digital premia presença, constância, estratégia. O Reino responde a obediência, temor e verdade. Quando confundimos um com o outro, a performance vira ministério. E o ministério, vitrine.


A repetição sem amor não é fidelidade — é cansaço disfarçado

Se você continua fazendo, continua entregando, continua servindo… mas perdeu o fogo no caminho, é hora de parar e olhar pra dentro. Não com culpa. Mas com honestidade diante de Deus. Porque até a fidelidade pode virar ruído, quando é sustentada apenas pela obrigação — e não mais pelo amor.

A fidelidade verdadeira carrega reverência. Ela brota do secreto, não da meta. E se o que fazemos para Deus não nasce mais da comunhão com Ele, talvez estejamos trabalhando para um Senhor que não paramos mais para ouvir.


Voltar é mais poderoso do que manter a aparência

É nobre resistir. Mas é santo voltar. Voltar para o lugar onde a motivação era pura. Onde a lágrima vinha antes do roteiro. Onde o conteúdo era oração antes de virar arte. Onde a presença de Deus era mais importante do que o posicionamento da marca.

Voltar não é retroceder. É reencontrar a direção. Voltar é dizer: “Senhor, não quero apenas fazer bem. Quero fazer por amor.” E o céu se move por orações assim.


O que torna algo eterno não é o talento, é o coração

O talento pode impressionar. A técnica pode prender a atenção. O carisma pode mover multidões. Mas só o amor move o céu.

É possível ter uma igreja cheia e um coração vazio. Ter um feed bonito e uma alma cansada. Ter um vídeo viral e uma motivação ferida. E é por isso que precisamos revisar a intenção — não só a entrega.


O que Deus espera de quem O representa também nas redes

Pastor, líder, criador, comunicador: sua missão não é gerar engajamento. É formar discípulos. Sua função não é ser popular. É ser fiel. O seu ministério não termina no púlpito — ele continua no post, no story, no reels. E ali também precisa haver temor, verdade, unção e amor.

Deus não nos chamou para sermos digitais. Mas nos chamou para sermos presentes onde as pessoas estão. E elas estão no digital. O conteúdo que você publica é visto por olhos que talvez nunca entrem na sua igreja. Então que vejam mais do que organização — que vejam Jesus.


O céu permanece atento ao que os homens ignoram

Você pode fazer tudo certo e ainda assim sentir que falta algo. E talvez falte mesmo. Talvez falte o amor que você tinha quando começou. O zelo. O senso de chamado. A adoração escondida. O quebrantamento antes de qualquer entrega.

E isso pode voltar. Hoje. Agora. Sem precisar abandonar o que você construiu — apenas ajustando o porquê você continua construindo.

Porque no final, tudo vai passar. Tudo o que for feito apenas por estratégia, ego ou obrigação será esquecido. Mas tudo o que foi feito com amor — mesmo que pequeno, mesmo que imperfeito — será lembrado por Deus.


Que tudo o que você faz — da pregação ao post, do culto ao conteúdo — seja oferta antes de ser entrega.

E que o amor volte a ser a motivação de tudo.


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